Collective Shout diz que denunciará conteúdos, independente de serem ‘legais ou ilegais’
Nos últimos meses, o Steam começou a remover diversos conteúdos adultos de sua loja, pressionado por processadores de pagamento. No entanto, a iniciativa partiu da Collective Shout, grupo responsável por iniciar a campanha contra esse tipo de jogo.
Comentando sobre as críticas, Caitlin Roper, gerente de campanha da Collective Shout, afirmou que o grupo combate qualquer forma de “objetificação sexual e exploração de mulheres”, independentemente de os conteúdos estarem ou não dentro da lei. Contudo, no caso específico do Steam, segundo ela todos os conteúdos removidos eram ilegais, já que estrupo e incesto são ilegais na Austrália, sede da organização.
“Nosso trabalho se concentra em combater a objetificação sexual e a exploração de mulheres e meninas, então direcionamos nossa energia para isso. Dito isso, denunciamos essa objetificação e as representações abusivas de mulheres e meninas mesmo quando não são ilegais. A legalidade não é o fator determinante; o que importa são as evidências documentadas de danos a mulheres e meninas. Nos opomos a conteúdos que prejudicam o status de mulheres e meninas, que as objetificam e desumanizam, independentemente de serem legais ou ilegais.”
Muitos classificaram as ações da Collective Shout como censura, mas Roper vê de forma diferente. Para ela, impedir o acesso a esses conteúdos no Steam é apenas um “pequeno inconveniente” e está longe de constituir uma violação de direitos.
“Ninguém tem o direito humano de simular e encenar fantasias de estupro e violência extrema contra mulheres. Não poder acessar jogos de estupro em plataformas de jogos populares é um pequeno inconveniente, não uma violação dos direitos de alguém. Processadores de pagamento têm o direito de decidir se não querem hospedar conteúdo ilegal, incluindo estupro, violência sexual, incesto, abuso e exploração sexual infantil e bestialidade, como já haviam determinado. E assim deve ser.”
Roper também criticou Steam e Itch.io, afirmando que, se as plataformas tivessem moderado seus conteúdos corretamente desde o início, os desenvolvedores não estariam sendo afetados negativamente agora. “Nossa objeção sempre foi claramente declarada”, comentou ela.
A ativista ainda sugere que pessoas preocupadas em perder seus jogos reflitam sobre seus valores, considerando os direitos humanos básicos das mulheres e o impacto da glorificação da violência masculina contra elas.
Em julho, a Collective Shout havia afirmado que decidiu recorrer aos processadores de pagamento porque a Valve vinha ignorando seus pedidos para remover esses jogos do Steam por meses.
Fonte: TwekTown
📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio
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