Portar o multiplayer de System Shock 2 Remaster para as plataformas modernas foi um grande desafio, afirma Nightdive
A Nightdive Studios revelou os bastidores da implementação do modo cooperativo no System Shock 2 Remaster, destacando as dificuldades técnicas enfrentadas para modernizar um dos recursos mais incomuns do clássico immersive sim lançado originalmente em 1999. Apesar dos esforços para aprimorar a experiência multiplayer, os desenvolvedores recomendam que jogadores novatos comecem pelo modo solo.
Daniel Grayshon, produtor do System Shock 2 Remaster, explicou durante o podcast Nightdive Studios Deep Dive que o principal desafio foi substituir completamente o sistema de conexão direta por IP baseado no antigo DirectPlay, considerado inseguro pelos padrões atuais. “Precisamos remover isso completamente. Não podemos mais ter conexões diretas porque os consoles não permitirão isso de forma alguma”, afirmou Grayshon.
O processo de modernização foi especialmente complexo devido à necessidade de implementar crossplay entre PS5, Xbox e Switch, exigindo a criação de um sistema de lobby completamente novo. “Foi extremamente difícil”, confessou o produtor, explicando as nuances do funcionamento cooperativo do jogo: “Há muita coisa envolvida em termos de propriedade de objetos. Quando você está no jogo, algo pode receber uma designação numérica específica, e se alguém interagir com esse objeto, o número do objeto se torna propriedade de outra pessoa.”
Esses problemas de sincronização levaram a situações onde “o estado local não era limpo adequadamente e, ao mudar de nível, o jogo não reconhecia mais a ID de propriedade, causando falhas completas”. Apesar dessas complicações, Grayshon elogia a equipe por conseguir desvendar e resolver essas questões, resultando em uma “transformação completa dia e noite” da funcionalidade cooperativa.

Mesmo com todos os esforços para aprimorar o multiplayer, o produtor enfatiza que a experiência solo continua sendo a recomendada para novatos: “Você provavelmente deveria jogar primeiro no modo singleplayer para ter a verdadeira experiência de System Shock 2. No multiplayer, é uma vibe diferente. Você não se sente sozinho. Não se sente assustado. Não se sente com medo.”
Desde o lançamento do remaster, a Nightdive continua polindo o jogo. A atualização 1.2, lançada há algumas semanas, adicionou suporte para 26 anos de mods e missões criadas por fãs, expandindo significativamente o conteúdo disponível. Grayshon também revelou planos para melhorar ainda mais a funcionalidade cooperativa em atualizações futuras: “Estou ansioso para ver quais melhorias podemos fazer no futuro. Tem sido muito divertido assistir as pessoas jogarem e se divertirem com ele.”
Fonte: PC Gamer
📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio
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