Assassin’s Creed 3 originalmente seria um jogo apenas do Desmond para encerrar a franquia

A Ubisoft planejou inicialmente que Assassin’s Creed 3 fosse o capítulo final da franquia, encerrando a saga com a morte do protagonista Desmond Miles. A revelação foi feita por Alex Hutchinson, diretor criativo do título, em uma recente entrevista ao portal FRVR.

Segundo Hutchinson, a ideia original para a série era ser uma trilogia completa, com um plano estabelecido antes mesmo de sua própria chegada à equipe. No entanto, o terceiro jogo seria originalmente bem diferente, sendo um jogo apenas do Desmond, ambientando nos dias atuais.

“Era para ser os dois [jogos] como estavam e depois um jogo do Desmond, e só isso”, explicou o desenvolvedor. “O terceiro deveria ser o jogo do Desmond, com tudo acontecendo nos dias atuais, e então encerrar a franquia“.

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No entanto, os planos mudaram drasticamente devido ao sucesso comercial dos primeiros títulos. “O problema com o sucesso é que ele estende as coisas”, comentou Hutchinson. A Ubisoft acabou lançando dois jogos adicionais – Brotherhood e Revelations – antes que a equipe pudesse finalizar sua visão original. Brotherhood, inclusive, foi concebido inicialmente como uma DLC antes de se transformar em “um jogo inteiro”.

Com a adição desses dois títulos intermediários, Hutchinson afirma que a série tinha se tornado “muito pesada” e começava a se afastar da narrativa histórica básica pela qual os fãs conheciam a marca Assassin’s Creed. O terceiro título principal precisava, portanto, reconectar-se com as raízes da franquia.

“Se você observar a morte de franquias ou mesmo de gêneros inteiros, isso acontece quando eles começam a desaparecer em suas próprias complexidades”, admitiu o diretor. Ele citou como exemplo o gênero de estratégia em tempo real, que foi “se tornando mais hardcore” e consequentemente “perdendo cada vez mais o público mainstream“.

A equipe de Assassin’s Creed 3 “não queria que isso acontecesse com AC, onde haveria uma espécie de polícia do lore controlando tudo e dizendo: ‘Ah, mas neste jogo, neste ponto específico 17 anos atrás, isso aconteceu’”. Hutchinson explicou que, em séries como Assassin’s Creed ou Far Cry, “sempre há um ponto de entrada limpo para todos, e você não sente que está perdendo tudo”.

Foi por essa razão que matar Desmond Miles, presente em todos os títulos até sua morte em Assassin’s Creed 3, fazia sentido – mesmo que tenha causado certa comoção entre os fãs mais dedicados.

Fonte: FRVR

📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio

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