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Associação japonesa exige que OpenAI pare de usar propriedades intelectuais sem permissão no Sora 2

A CODA (Content Overseas Distribution Association), organização que representa grandes empresas japonesas do setor de entretenimento, enviou uma solicitação formal à OpenAI exigindo que a empresa pare de usar propriedades intelectuais japonesas sem autorização prévia no desenvolvimento do Sora 2, seu gerador de vídeos com IA. O documento foi enviado em 27 de outubro e anunciado publicamente no dia seguinte.

Representando 36 gigantes japonesas do entretenimento, incluindo Studio Ghibli, Square Enix, Aniplex, Toei Animation e Universal Music, a CODA argumenta que “uma grande parte do conteúdo produzido pelo Sora 2 se assemelha de perto a conteúdo ou imagens japonesas” como “resultado do uso de conteúdo japonês como dados de aprendizado de máquina”.

A organização afirma categoricamente que “considera que o ato de replicação durante o processo de aprendizado de máquina pode constituir violação de direitos autorais”, destacando que o sistema de copyright japonês exige autorização prévia para uso de material protegido, diferente do atual sistema implementado pela OpenAI.

“Não existe um sistema que permita evitar a responsabilidade por infrações através de objeções subsequentes“, alerta a CODA, criticando diretamente a política de opt-out do Sora 2, que só permite que empresas solicitem a exclusão de certas propriedades após já terem sido utilizadas no treinamento.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, havia abordado indiretamente essa preocupação em um blog publicado em 3 de outubro, onde afirmou que o Sora 2 eventualmente “dará aos detentores de direitos controle mais granular sobre a geração de personagens, similar ao modelo opt-in para semelhança, mas com controles adicionais”.

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Altman chegou a reconhecer especificamente o mercado japonês: “Em particular, gostaríamos de reconhecer a notável produção criativa do Japão – estamos impressionados com o quão profunda é a conexão entre usuários e o conteúdo japonês!”. O executivo também mencionou que a OpenAI está “tentando compartilhar parte dessa receita com detentores de direitos que queiram que seus personagens sejam gerados pelos usuários”.

Para a CODA, no entanto, essas promessas não são suficientes. A organização fez dois pedidos formais à OpenAI: que o conteúdo de seus membros não seja usado para aprendizado de máquina sem permissão prévia e que a empresa “responda sinceramente” às reivindicações e consultas das empresas membro da CODA relacionadas a violações de direitos autorais nos resultados do Sora 2.

A associação reiterou a necessidade de uma resposta sincera, “de modo que tanto o desenvolvimento saudável da tecnologia de IA quanto a proteção dos direitos dos detentores e criadores sejam garantidos”.

Fonte: GamesRadar


📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio

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