Larian se pronuncia após críticas e nega uso de IA para substituir artistas
O uso de inteligência artificial generativa voltou a gerar debate na indústria de games, desta vez envolvendo a Larian Studios. Após declarações de Swen Vincke sobre o emprego da tecnologia nas fases iniciais de desenvolvimento de Divinity, o estúdio enfrentou uma onda de críticas nas redes sociais, o que levou o CEO a esclarecer publicamente sua posição.
Em entrevista recente, Vincke explicou que a IA está sendo utilizada apenas como ferramenta de apoio criativo, ajudando na exploração de ideias, organização de apresentações, criação de rascunhos visuais e textos temporários. Segundo ele, nenhum conteúdo gerado por IA será incluído na versão final do jogo, e o uso da tecnologia foi discutido internamente com a equipe.
A repercussão negativa fez com que Vincke reforçasse o posicionamento da Larian. Em uma publicação nas redes, o executivo foi direto ao afirmar que o estúdio não está substituindo artistas por IA. Atualmente, a Larian conta com mais de 70 artistas, incluindo mais de 20 profissionais dedicados exclusivamente a concept art, e segue contratando novos talentos.
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De acordo com Vincke, houve uma interpretação equivocada de suas falas. Ele destacou que a criação de artes conceituais finais continua sendo responsabilidade exclusiva dos artistas humanos. A IA, nesse contexto, é usada apenas como referência inicial, de forma semelhante a pesquisas em livros, bancos de imagens ou na internet, sendo totalmente descartada nas etapas seguintes do processo criativo.
O CEO também ressaltou que os profissionais da Larian são valorizados pelo talento artístico, e não pela capacidade de replicar sugestões de ferramentas automatizadas. A proposta, segundo ele, é permitir que esses recursos sejam usados apenas para facilitar tarefas iniciais e tornar o fluxo de trabalho mais eficiente.
Em declaração adicional, Vincke garantiu que a Larian não pretende lançar jogos com conteúdo gerado por IA nem reduzir equipes para dar lugar à tecnologia. Para o executivo, o debate é legítimo, mas o foco do estúdio está em melhorar as condições de trabalho, e não em ameaçar postos criativos.
A discussão reflete um cenário mais amplo da indústria. O uso de IA generativa em jogos tem crescido rapidamente, alimentando preocupações sobre impacto no mercado de trabalho e originalidade artística. Dados recentes indicam que o número de jogos no Steam que declaram utilizar esse tipo de tecnologia aumentou de forma expressiva no último ano, mostrando que o tema deve continuar em evidência por bastante tempo.
Fonte: VGC
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📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio
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