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“IA veio para ficar”: diretor de Kingdom Come sai em defesa da Larian após críticas

Daniel Vávra, cofundador da Warhorse Studios e diretor da franquia Kingdom Come: Deliverance, comentou a polêmica envolvendo o uso de IA generativa pela Larian Studios e afirmou que a reação negativa nas redes sociais ignora uma realidade já presente na indústria de jogos.

A discussão ganhou força após Swen Vincke, CEO da Larian, confirmar que o estúdio utiliza IA em etapas iniciais de desenvolvimento, como exploração de ideias, artes conceituais preliminares e textos temporários. Segundo ele, nenhum conteúdo gerado por IA será usado na versão final dos jogos, e o processo conta com o aval da equipe.

Mesmo assim, parte do público criticou a prática, argumentando que o uso da tecnologia, ainda que na fase conceitual, representaria a substituição do trabalho criativo humano. Vincke respondeu às acusações dizendo que a IA funciona apenas como ferramenta de referência, de forma semelhante a buscas no Google ou ao uso de livros de arte.

Para Vávra, a reação foi desproporcional. Em publicações nas redes sociais, o desenvolvedor afirmou que praticamente todos os estúdios já usam IA para tarefas semelhantes e comparou a resistência atual à rejeição histórica a inovações tecnológicas, como as máquinas a vapor no século 19.

kingdom-come-deliverance-2_1_cropped_34_141_1464_942_jpeg_1280x720_q85 “IA veio para ficar”: diretor de Kingdom Come sai em defesa da Larian após críticas

O diretor reconheceu que a IA traz preocupações reais, especialmente em áreas criativas como música e arte, mas defendeu que a tecnologia pode ser útil para acelerar processos demorados e reduzir custos. Segundo ele, a produção de jogos modernos se tornou excessivamente longa e cara, e a IA poderia ajudar equipes menores a realizar projetos ambiciosos em menos tempo.

“Não sou fã de arte gerada por IA, mas, de qualquer forma, é hora de encarar a realidade. A IA veio para ficar entre nós. Por mais assustador que seja, é assim que é. Pessoalmente, o que mais me assusta é a música, porque lá você já nem consegue mais reconhecer o que é IA.”

Vávra também comentou o debate sobre o uso de IA em dublagem, sugerindo que a tecnologia pode funcionar bem em diálogos secundários ou interações menos relevantes, enquanto cenas importantes e narrativas centrais continuariam dependendo de atores e captura de movimento.

Na visão do desenvolvedor, a adoção da IA é inevitável e terá impactos profundos na indústria, incluindo mudanças no papel de programadores e o enfraquecimento de grandes publishers. Para ele, a tecnologia pode democratizar o desenvolvimento de jogos, favorecer o retorno de gêneros de nicho e permitir que mais criadores tirem ideias do papel.

Apesar das incertezas, Vávra acredita que resistir ao avanço da IA é inútil. Para o diretor, o desafio agora é aprender a usar a tecnologia de forma responsável, em vez de tentar barrar um movimento que, segundo ele, já não tem volta.

Fonte: VGC

 


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📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio

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