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Pesquisa revela que 50,9% dos consumidores de games no Brasil são mulheres

O dia 26 de agosto, celebrado mundialmente como o Dia Internacional da Igualdade Feminina, destaca não só as vitórias conquistadas pelas mulheres ao longo dos anos, mas também as lutas contínuas por reconhecimento e inclusão. Em um setor como o dos esportes eletrônicos, que historicamente foi dominado por homens, as mulheres enfrentam barreiras significativas, mas também estão se destacando e abrindo novos caminhos.

Pesquisa Gamer Brasil revelou que as mulheres representam 50,9% do total de consumidores de jogos digitais no país, consolidando-se como a maioria. O crescimento pode ser atribuído ao uso massivo de smartphones, dispositivos mais acessíveis e populares entre o público feminino. No entanto, apesar desses números encorajadores, as mulheres ainda enfrentam dificuldades consideráveis ao tentar ingressar e se estabelecer no cenário competitivo dos e-Sports. 

A principal barreira continua sendo o acesso ao cenário competitivo remunerado. Muitas mulheres encontram limitações significativas para ingressar em equipes profissionais, especialmente em jogos onde a predominância masculina é clara. Embora existam iniciativas que buscam criar cenários inclusivos, como ligas femininas, a valorização do talento das jogadoras ainda não é comparável ao dos homens.

“Reconhecimento é a parte mais difícil na carreira de uma mulher gamer”, diz Luiza Trindade, também conhecida como Croft, gerente de e-Sports do Team Solid. “Ainda existe uma desconfiança enorme em relação à qualidade do trabalho das jogadoras. Isso só fortalece o discurso machista de que elas são boas demais para serem mulheres. Além disso, as premiações em campeonatos femininos muitas vezes são baixas, inviabilizando a manutenção de um cenário competitivo forte”, completa.

Outra dificuldade enfrentada é a persistência dos estereótipos de gênero. As mulheres são frequentemente confrontadas com expectativas irreais em relação aos padrões de beleza, o que pode afetar sua aceitação e progressão na indústria. Ademais, o machismo e o assédio nos jogos online representam sérios obstáculos, muitas vezes resultando na interrupção de suas experiências de jogo.

Felizmente, as comunidades de jogos e as empresas do setor estão empenhadas em criar ambientes mais acolhedores para as mulheres. Isso engloba o apoio a projetos de diversidade, a implementação de políticas de denúncia de assédio e a promoção da inclusão em todas as áreas da indústria.

Oportunidades do universo do e-sports feminino

Apesar dos desafios, existem áreas na indústria de jogos que oferecem oportunidades específicas para as mulheres. Por exemplo, a narração (casting) de jogos testemunha uma predominância de mulheres. Além disso, iniciativas que promovem a criação de jogos com foco em públicos diversificados também abrem portas para desenvolvedoras e designers.

Outro aspecto positivo é a inclusão de personagens femininas potentes e marcantes nos jogos, desempenhando papéis significativos de representatividade neste universo. Personagens fortes e diversas não apenas refletem a realidade, mas também proporcionam uma sensação de empoderamento para as jogadoras. No entanto, é preciso reconhecer que essa representação deve transcender o aspecto emocional e contribuir para a quebra de estereótipos de gênero. 

Um futuro de igualdade no mundo dos jogos 

Jogadoras, espectadoras ou profissionais, as mulheres estão cada vez mais presentes no universo dos jogos. Os gêneros de jogos mais populares entre elas, como os FPS e os Battle Royale, conquistam um público feminino significativo, não apenas como jogadoras ativas, mas também como espectadoras e até mesmo como narradoras de partidas. Além disso, jogos como Free Fire têm sido especialmente atrativos para as mulheres, com mais de 50% do público sendo feminino, enquanto Valorant também se destaca, oferecendo oportunidades profissionais valorizadas no jogo.

Nesse mercado, as mulheres estão se destacando como desenvolvedoras, jogadoras e influenciadoras, buscando oportunidades e equipes que reconheçam seu talento e contribuição para a comunidade gamer, mesmo que enfrentam desafios únicos ao longo do caminho. 

Para Luiza Trindade, os estúdios de desenvolvimento de jogos melhorarão a representação e o incentivo à inclusão das mulheres em seus produtos e ambientes de trabalho quando passarem a acreditar nas habilidades das jogadoras. “As empresas podem e devem apoiar as desenvolvedoras em projetos focados na inclusão feminina no cenário gamer, promovendo elencos competitivos equilibrados e proporcionando o mesmo nível de apoio dado a outros jogos. Priorizando a inclusão com base no mérito profissional demonstrado pelas mulheres, independentemente da área, reconhecendo e valorizando sua competência como critério fundamental” afirma Luiza.

Fonte: O Tempo

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Meu nome é Adriano, mas sou mais conhecido como Hiro Yamazaki. Sou um morador de uma cidade do interior de Mato Grosso e sou um verdadeiro gamer das antigas, apaixonado pelo mundo dos jogos eletrônicos. Meu primeiro contato com esse universo fascinante foi através de um console ATARI 2600.

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