Carregando agora

Embracer reforça compromisso em usar IA de forma ética no desenvolvimento de jogos

A Embracer reafirmou seu compromisso com o uso ético de inteligência artificial no desenvolvimento de games, conforme destacado pelo novo CEO Phil Rogers durante a Reunião Geral Anual da empresa. Rogers, que assumiu o cargo em agosto após a saída de Lars Wingefors, enfatizou que enquanto a companhia adota ferramentas de IA, a “autoria humana é final” em todos os seus projetos.

O executivo descreveu a tecnologia como um “multiplicador de poder” capaz de transformar o processo de desenvolvimento, ressaltando que este não é apenas um jargão corporativo, mas um feedback real vindo de diretores de estúdios e líderes de produção dentro da empresa.

“Em uma indústria definida por custos de desenvolvimento crescentes e expectativas ilimitadas dos jogadores, a questão não é mais se uma empresa adotará uma tecnologia como IA, mas como liderará com ela”, explicou Rogers, acrescentando que a abordagem da Embracer é implementar IA generativa de maneiras éticas e sustentáveis.

O CEO afirmou que ferramentas de IA estão sendo utilizadas em múltiplos departamentos por animadores, designers e engenheiros, mas sempre com refinamento humano para que os desenvolvedores possam “adicionar sua autoria única”. Um exemplo citado mostra que avanços em IA permitem animações in-game “indistinguíveis” de captura de movimento, reduzindo sessões de mocap de sete dias pela metade.

“Isso não é um futuro teórico. Está acontecendo agora e os resultados são bastante convincentes”, destacou o executivo, mencionando que muitos estúdios da Embracer já experimentam com IA nos últimos anos e começam a utilizá-la para eliminar gargalos e capacitar suas equipes de desenvolvimento.

phil-rogers-embracer Embracer reforça compromisso em usar IA de forma ética no desenvolvimento de jogos

Rogers reconheceu as críticas às ferramentas de IA na indústria e a necessidade de proteger os trabalhadores. Como resposta, estabeleceu o princípio fundamental da empresa: “capacitar, nunca substituir”.

“Vemos as manchetes e ouvimos a preocupação de jogadores e desenvolvedores, mas acreditamos que o maior risco não está em usar IA, mas em usá-la sem uma forte estrutura ética”, explicou. “Para nós, ética e bons negócios são uma coisa só. Nossa posição é clara: a autoria humana é final. Nossos desenvolvedores sempre terão o controle criativo final. Afinal, a IA é um copiloto. Não é o piloto.”

Ironicamente, os comentários de Rogers surgem dias após a subsidiária da Embracer, Aspyr, emitir uma correção emergencial para sua recente coleção Tomb Raider Remastered para remover “conteúdo gerado por IA não autorizado”. A situação ocorreu após críticas da atriz francesa Françoise Cadol, voz de Lara Croft, que alegou que sua performance havia sido replicada sem consentimento.

Fonte: Eurogamer


📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio

🎮 Importado automaticamente para SushiGames.com.br

COMPARTILHE:

Publicar comentário