Rockstar Games é acusada de repressão sindical após demissão de dezenas de funcionários

A Rockstar Games está sendo acusada de práticas antissindicais após demitir entre 30 e 40 funcionários de seus estúdios. Segundo relatório publicado pela Bloomberg, o Independent Workers’ Union of Great Britain classificou as demissões como um ato “implacável” de repressão sindical por parte da desenvolvedora de Grand Theft Auto.

As demissões teriam ocorrido como resposta direta aos esforços de sindicalização que vinham ganhando força dentro da empresa. O movimento de organização dos trabalhadores estava avançando nas unidades britânicas da Rockstar Games, o que aparentemente levou a companhia a tomar medidas drásticas para conter a mobilização.

“A Rockstar acaba de realizar um dos atos mais explícitos e implacáveis de repressão sindical na história da indústria dos jogos”, disse Alex Marshall, presidente do IWGB. “Esse desprezo flagrante pela lei e pelas vidas dos trabalhadores que geram bilhões para a empresa é um insulto aos fãs e à indústria global.”

Em resposta, Alan Lewis, um representante da Take Two, afirmou que as demissões não estavam relacionadas às tentativas de sindicalização, mas sim motivadas por uma “má conduta grave” por parte dos funcionários.

“Nos empenhamos em criar as melhores propriedades de entretenimento do mundo, oferecendo às nossas equipes criativas de ponta ambientes de trabalho positivos e oportunidades contínuas de carreira”, acrescentou a Take Two. “Nossa cultura é centrada em trabalho em equipe, excelência e gentileza. […] Como sempre, apoiamos totalmente as ambições e a postura da Rockstar.”

Apear das declarações da empresa, Marshall afirma que todos os funcionários demitidos eram membros ativos de um grupo privado de sindicato no Discord que já haviam se associado ao IWGB ou planejavam se associar.