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12 animes com multiversos que você precisa conhecer

Explorar o conceito de multiverso nos animes vai além de simples variações narrativas; é uma forma de expandir histórias que, de outra maneira, ficariam presas a uma única linha temporal. Muitos criadores usam linhas do tempo alternativas para revisitar personagens e mundos de ângulos inesperados, criando camadas que enriquecem o universo ficcional.

Space Dandy

Space Dandy adota uma abordagem episódica onde cada aventura ocorre em uma linha temporal alternativa, com Dandy e sua equipe caçando alienígenas excêntricos em galáxias bizarras, frequentemente terminando em mortes cômicas que resetam tudo. Essa falta de continuidade é justificada pelo multiverso, permitindo experimentos visuais e narrativos sem amarras, como perseguições em planetas de doces ou dilemas filosóficos disfarçados de piadas.

Dandy permanece como constante, um caçador despreocupado que salta realidades com otimismo ingênuo, enquanto o narrador, revelado como uma entidade divina, oferece papéis maiores em meio ao caos. Crossovers sutis com outras obras adicionam camadas, mas o foco está na efemeridade, celebrando o absurdo da existência. O multiverso serve como desculpa para humor não linear que captura a essência da exploração sem pretensões.

Dragon Ball

No coração de Dragon Ball está o Universo 7, um dos 18 mundos paralelos que formam o tecido cósmico da obra, onde Goku e seus aliados enfrentam ameaças que vão de invasores alienígenas a deuses da destruição. Essa estrutura permite que arcos como a saga de Freeza explorem limites de poder e amizade em um cenário vasto, mas o multiverso entra em cena quando Zeno, o ser supremo, intervém para equilibrar as coisas.

O torneio organizado por Zeno, que coloca universos em competição direta, eleva o conceito a outro nível, com equipes de lutadores representando realidades inteiras em batalhas que decidem destinos galácticos. Seis universos já foram apagados por desequilíbrios, e os perdedores do torneio enfrentam o mesmo fim, o que adiciona uma urgência palpável às lutas. Aqui, o multiverso não é só pano de fundo, ele impulsiona o enredo, forçando personagens a pensarem além de suas origens.

Mobile Suit Gundam

A franquia Gundam se destaca por dividir sua narrativa em séculos paralelos, onde cada era reflete conflitos humanos em escalas cósmicas. O Universal Century, por exemplo, acompanha a guerra entre a Federação Terrestre e o Principado de Zeon a partir de 1979, com mobile suits como armas centrais que definem batalhas épicas. Essa linha temporal principal serve de base para explorar temas de colonialismo e tecnologia, mas o que a torna verdadeiramente multiversal é como ela se entrelaça com outras realidades.

Já o Alternate Universal Century traz reinterpretações que fogem do canon original, como em Gundam Wing, com sua ênfase em colônias espaciais e pacifismo radical, ou Gundam 00, que introduz energias inovadoras em meio a conspirações globais. Essas variações não são meras cópias, elas questionam dilemas éticos de formas únicas, mantendo o espírito de Gundam vivo através de perspectivas frescas. É como se cada série fosse um espelho distorcido do mesmo conflito eterno.

Tenchi Muyo!

O Tenchiverse de Tenchi Muyo! abrange uma teia de continuidades alternativas que giram em torno de Tenchi Masaki, um jovem comum que se vê no centro de intrigas intergalácticas envolvendo princesas espaciais e entidades divinas. Nos OVAs originais, que servem como canon principal, a história foca em sua adaptação a um harém cósmico e ameaças que testam lealdades familiares. Essa base estabelece um tom de comédia romântica misturada com ação sci-fi, onde o multiverso surge como uma extensão natural de poderes imortais.

Spin-offs como Pretty Sammy reimaginam o elenco em um formato magical girl, com Tenchi como guardião de um reino fantástico repleto de monstros e lições morais, invertendo dinâmicas para enfatizar empoderamento feminino e aventura leve. Já Tenchi Universe explora dimensões paralelas através de viagens espaciais, revelando segredos sobre origens divinas que conectam todos os ramos. Essas variações mantêm o carisma dos personagens enquanto testam novos gêneros, tornando o multiverso um playground para criatividade ilimitada.

Bokurano

Bokurano se desenrola em um multiverso de cerca de 32.000 Terras paralelas, onde planetas competem em torneios mecha interdimensionais, com realidades perdedoras sendo apagadas em um ciclo impiedoso. Os jovens protagonistas pilotam um gigante mecânico em defesa de sua Terra, enfrentando oponentes de mundos distantes que trazem dilemas éticos para cada confronto. Essa premissa adiciona peso emocional às vitórias, destacando o custo de sobrevivência.

O torneio reinicia indefinidamente, mas escolhas pessoais dos pilotos influenciam ramificações, levando a sacrifícios que questionam noções de heroísmo infantil. Com mechs como extensões de traumas pessoais, a série mistura ação visceral com drama introspectivo, onde cada batalha é uma metáfora para crescimento forçado. No desfecho, a Terra dos personagens é poupada, mas ecos de perdas persistem, sugerindo ciclos que podem recomeçar.

Higurashi: When They Cry

Higurashi: When They Cry prende seus personagens em um mar de fragmentos, onde variações do desastre de Hinamizawa em 1983 se repetem com sutis diferenças, impulsionadas pela síndrome local que amplifica paranóias. Cada arco foca em perspectivas individuais, revelando camadas de mistério rural japonês misturado com horror psicológico, onde amizades inocentes desmoronam em suspeitas mortais.

Regras fixas, como mortes específicas e culpas apontadas para a família Sonozaki, guiam os ciclos de ressurreição, com fragmentos alternando culpados e vítimas em um jogo de adivinhação cruel. A progressão narrativa constrói empatia através de repetições que humanizam os envolvidos, transformando o multiverso em uma prisão emocional. É uma exploração de trauma coletivo que ressoa profundamente.

Super Robot Wars

Super Robot Wars retroativamente tece um multiverso de mechas, reunindo séries como Getter Robo e Code Geass em campanhas épicas contra invasões alienígenas coordenadas. Nos jogos iniciais, equipes improváveis de pilotos de diferentes eras unem forças em batalhas táticas, onde mecânicas de upgrade e combos criam sinergias narrativas únicas. Essa fusão cria um senso de escala grandiosa, transformando rivalidades isoladas em uma guerra unificada.

Adições recentes, como em Super Robot Wars 30, incorporam SSSS.Gridman com seus avatares digitais contra kaijus virtuais, enquanto Mazinger Z recebe atualizações que confirmam sua posição central no panteão. O multiverso aqui é dinâmico, evoluindo com cada lançamento para incluir futuros animes, garantindo relevância contínua.

Space Patrol Luluco

Space Patrol Luluco, produção do Studio Trigger, serve como uma ponte animada entre mundos do estúdio, com Luluco, uma adolescente relutante, pulando dimensões em missões policiais que cruzam fronteiras ficcionais. Seu arco inicial a leva ao universo de Kill la Kill, onde ela alia-se a personagens ferozes em batalhas contra uniformes vivos, misturando tiroteios espaciais com lutas corporais intensas.

Mais adiante, aventuras em Inferno Cop introduzem elementos noir e super-heróis parodiados, com Luluco navegando por realidades onde o crime é resolvido com explosões e one-liners absurdos, enquanto reconexões com aliados como Nova levam a crossovers inesperados em Panty & Stocking with Garterbelt. O Triggerverse aqui é uma rede viva, onde referências internas florescem em colaborações orgânicas.

Tsubasa Reservoir Chronicle

Tsubasa Reservoir Chronicle inicia no Reino de Clow, uma versão fantástica inspirada em Cardcaptor Sakura, onde Syaoran embarca em uma odisseia para resgatar fragmentos da alma de Sakura através de mundos interligados. Cada destino revela camadas do universo CLAMP, com desafios que vão de gladiadores em arenas místicas a intrigas em cidades flutuantes, enfatizando laços emocionais como combustível para a jornada.

A obra desdobra o macrocosmo ao incorporar elementos de Angelic Layer, com duelos virtuais que ecoam dilemas reais, e Tokyo Babylon, trazendo exorcismos urbanos que entrelaçam o sobrenatural com o cotidiano japonês. O spin-off xxxHolic, centrado na Witch of Dimensions Yuuko, adiciona portais dimensionais que facilitam trocas cósmicas, conectando arcos de forma sutil. 

Noein: To Your Other Self

Noein apresenta um confronto entre dois futuros extremos da mesma Terra: La’cryma, um mundo quinze anos à frente devastado por guerras dimensionais, e Shangri-La, uma dimensão utópica que quer apagar todas as outras realidades para acabar com o sofrimento. O campo de batalha é o presente de Haruka, uma garota de Hakodate que possui o Olho do Dragão, a chave capaz de reescrever a própria estrutura do tempo-espaço.

Versões futuras dos amigos dela (inclusive um Karasu/Noein completamente quebrado) vêm do futuro de La’cryma para protegê-la ou capturá-la, enquanto Noein, que é na verdade um Karasu que perdeu tudo, quer simplesmente zerar a existência. O visual da obra reflete essa bagunça quântica: os agentes de La’cryma têm corpos que parecem feitos de fragmentos geométricos flutuantes, como se fossem glitches vivos entre dimensões.

Fate/Stay Night

O Nasuverse de Fate/Stay Night constrói um multiverso a partir de linhas temporais alternativas geradas por escolhas em rituais de invocação de heróis históricos como Servants. A rota principal explora dilemas morais em uma Guerra do Santo Graal, com alianças frágeis entre mestres e seus espíritos, tocando em lendas arturianas e mitos globais. Essa fundação permite variações que alteram alianças e desfechos, enriquecendo o drama com possibilidades éticas.

Conteúdos como Carnival Phantasm injetam humor em crossovers com The Garden of Sinners e Tsukihime, onde personagens de realidades paralelas se encontram em cenários absurdos, enquanto fan-made são elevados a canon para abraçar a comunidade criativa. Fate/Zero, como prequel, redefine origens ao focar em gerações anteriores, adicionando tragédias que reverberam através das timelines. É um ecossistema onde o lore se expande organicamente através de mídias mistas.

Steins;Gate

Steins;Gate trata o multiverso de forma quase científica, pois tudo gira em torno das linhas de mundo, que mudam toda vez que alguém altera o passado com o micro-ondas-telefone capaz de mandar mensagens no tempo. A primeira linha, a 1.048596%, é onde SERN domina o planeta e Okabe perde Mayuri repetidas vezes. Cada salto temporal que ele faz para tentar salvá-la empurra a realidade para uma nova porcentagem, às vezes por frações mínimas, às vezes para linhas completamente distantes, como a que leva ao filme Load Region of Déjà Vu.

O que impressiona é como algo tão pequeno (um D-mail apagado ou um salto de poucos segundos) pode desviar o destino de bilhões de pessoas. O conceito de Reading Steiner faz de Okabe praticamente o único que percebe as mudanças, carregando sozinho o peso de todas as mortes que já viu nas linhas anteriores. Isso transforma o multiverso em uma prisão psicológica, pois quanto mais ele tenta consertar as coisas, mais percebe que salvar uma pessoa pode condenar outra.

 


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📰 Notícia originalmente publicada em GameVicio

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